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sobre liberdade, de novo

Posted by Tony Monti em 06.11.2010

“Se você pode listar razões para a liberdade, então você já desalojou sua precedência e maculou sua pureza. Nessa excêntrica teoria moderna, beber por estar com sede é um tipo de coerção.”

Terry Eagleton minimizou com a palavra “excêntrica” seu desacordo com a ideia. Reconheço neste impulso irracional algo que algumas pessoas com quem convivi alegaram sob o nome de “liberdade”, e eu não concordei com elas. De modos mais sutis, a maioria de nós assim o faz, esquecendo dos contextos, das outras pessoas e sem querer responder, em qualquer instância, por qualquer consequência.

Pode beber água,
sem drama,
eu espero,
depois a gente conversa.

E, na sequência, “a liberdade absoluta consome a si mesma, na medida em que para realizar-se ela precisa abolir-se […] essa liberdade tem que estar preparada para explodir em pedaços o mundo que ela quer transformar, e a si mesma junto com ele.”

Lembrei aqui da citação da Maria Rita Kehl, em outro contexto, em outra chave teórica: “O mais longe que se pode ir no gozo de um objeto de nosso prazer sexual é sua destruição, a qual, mesmo assim, só nos remete ao que ainda faltou gozar” (Sobre ética e psicanálise)

(Os trechos do Eagleton são do livro Sweet violence – the idea of the tragic. Acho que ainda não foi traduzido).

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